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  • Foto do escritorWilker Lima

Depois de ter a loja assaltada e perder tudo, empreendedora cria marca de moda íntima que fatura R$ 7,5 milhões

Natural de Juruaia (MG), cidade conhecida como Capital da Lingerie, Tânia Rezende se envolveu cedo no universo da moda intima. Em busca da independência financeira, a empreendedora começou a trabalhar com as tias em um ateliê de costura. Com o tempo, Rezende começou a criar os próprios modelos e percebeu uma oportunidade de negócio.


Fundada em 2005, a Intima Passion faturou R$ 7,5 milhões em 2023 com a produção de lingeries.

Apesar do sucesso da empresa, o caminho para levar o negócio a uma posição de destaque no mercado local não foi fácil. Em 2002, depois de trabalhar como gerente de outra empresa de moda íntima, Rezende decidiu apostar em seu primeiro empreendimento: uma loja de roupas.


Enquanto administrava o estabelecimento, a empresária decidiu desenhar e vender modelos de peças íntimas para outras marcas.


"Eu fiquei com a loja de roupa por mais ou menos três anos, mas meu dom sempre foi desenvolver coleções para o setor de lingeries.


Nessa época, minha mãe começou a me incentivar a criar meu próprio negócio nessa área. Foi quando decidi usar parte do dinheiro da venda de um carro para comprar máquinas de costura", conta Rezende.


Assim, a empreendedora começou a usar o espaço do fundo da sua loja para produzir, com a mãe e uma amiga, peças de lingerie que eram vendidas tanto em sua própria loja como em outros comércios. A decisão de focar na marca de lingeries veio depois do nascimento da segunda filha da empresária.


"No final da minha gestação, eu já tinha feito uma grande compra de estoque de roupas e preparado a produção das peças para encomenda. Na noite em que fui para a maternidade, minha loja foi assaltada. Todos ficaram com receio da minha reação, então fiquei sabendo apenas duas semanas depois que tinham levado tudo" lembra Rezende.


Sem estoque, a empreendedora decidiu encerrar as atividades da loja. Em 2005, com investimento de R$ 5 mil para recuperar o material perdido, Rezende fundou a Intima Passion para disputar espaço com outras atacadistas de lingerie da cidade.


Para a empresária, a confirmação de que a aposta no negócio havia sido certeira veio durante um evento, pouco tempo após o lançamento da empresa. Com um único banner da marca e a irmã como modelo, Rezende vendou todos os conjuntos que levou a uma feira de moda íntima promovida pela cidade.


Os caminhos para a expansão...


Com dois anos empresa, a Intima Passion foi convidada para acompanhar o Salão

Internacional da Lingerie, na França. "Pude ver muitas coisas diferentes, que ainda não existiam em Juruaia. Na época, a maioria das marcas aqui trabalhava com lingeries do tipo sexy. Lá, percebi que eu poderia fazer algo mais clássico, romântico, com tecidos mais leves e estampados", afirma Rezende.


De acordo com a empreendedora, depois de mudar o estilo das peças fabricadas e vendidas pela empresa, o negócio teve um boom de crescimento. Com o sucesso, a Intima Passion passou a concorrer em diferentes concursos regionais e nacionais, o que levou a empresa a conseguir um capital de investimento mais expressivo.


A partir de 2016, a empresa incluiu outras linhas de produto no portfólio, como pijamas

- cujas vendas crescem até 20% por temporada —, e moda praia - que aumenta até 40%. Para Rezende, o principal objetivo é estar sempre reinventando a marca, atendendo às necessidades do mercado e ajudando as famílias que dependem da empresa direta ou indiretamente.


"A pandemia foi um grande exemplo dessa capacidade de reinvenção, já que usamos toda a nossa estrutura para produzir máscaras com material cirúrgico. Nos primeiros meses, produzimos mais de 280 mil máscaras, parte foi doada e parte vendida", conta a empreendedora.


Atualmente, com a produção normal restabelecida, a empresa, que começou produzindo cerca de mil peças de lingerie por mês, agora fabrica e comercializa cerca de 22 mil itens mensalmente. A produção que teve início com Rezende, a mãe e uma amiga, trabalha com a participação de mais de 50 colaboradores diretos e 20 oficinas parceiras.


Cerca de 90% das vendas são feitas para atacadista, e a empresa conta com aproximadamente 300 revendedoras. A marca também opera com três lojas físicas, uma própria e duas licenciadas, e um e-commerce.

A expectativa da empresa, que faturou R$ 7,5 milhões em 2023, é crescer 20% em 2024.


Via Pequenas Empresas e Grandes Negócios.

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